terça-feira, 20 de março de 2012

Parte II

Dentro da discoteca W.
O que é que queres beber Alberto? Perguntou o Paulo.
Para mim um copo de uísque cola sem gelo. Disse o Aberto!
Esta bem. Vou ao bar, já volto.
Ao caminho do bar, Paulo sentiu que alguém lhe tocou nas calças, ele parou e olhou para a pessoa. Era a Ana Bela... Vais para onde meu gatinho. Disse a Ana Bela para o Paulo.
Estava a ir para o bar, comprar bebidas.
Estavas a ir? Já não vais? Perguntou a Ana.
Claro que já não vou, eu sei que tu aqui dentro tens facilidade em tudo e sei que gostarias muito de fazer isso por mim, não é verdade gatinha? Disse o Paulo com ares de convencido como sempre.
A Ana foi para o bar e pegou as bebidas encomendadas pelo Paulo.
Olha querido, aqui estão as bebidas. O Paulo como estava a conversar com umas moças que ele acabou de conhecer, olhou para Ana e pediu a ela para levar as bebidas para mim. Entrega no Alberto e faz-lhe companhia. Eu já venho ter convosco. Disso o Paulo.

Eu penso que eu estava errado, a Ana gosta do Paulo. Talvez foi por isso que ele riu-se quando eu disse que ela olhou para mim duma forma delicada. O mas engraçado é que o Paulo nem sequer liga prà ela.
Na verdade até penso que ele só lhe usa para satisfazer as vontades dele. Que crápula! Não sabe dar valor as mulheres, isso só por que tem muito dinheiro, pensa que pode brincar com todo mundo!
O que é que estou por ai a dizer? Como seu eu fosse melhor que ele. Até parece que tenho inveja dele! Jesus credo.

Oi Ana Bela! Senta-te aqui. Disse eu para Ana.
Conta-me um pouco sobre ti. Ana sentou-se ao meu lado com rosto meio triste, disfarçou com um sorriso esforçado e perguntou-me: O que é que queres saber Alberto?

Na verdade eu até queria-lhe paquerar. Mas vi que ela estava muito triste, então resolvi ter uma conversa amigável com ela.
Diz-me como tem sido a tua vida cá em Angola, gosta de cá estar? Eu sei que não é nada fácil ter que deixar os teus amigos lá, e começar uma nova vida no exterior, principalmente em Angola, não é fácil. - Por acaso não foi mesmo fácil, mas tudo habituasse. Vais-me desculpar Alberto mas falaremos sobre isso um outro dia, vou ter que voltar a trabalhar. Disse a Ana Bela.
O Paulo nem sequer mas falou com ela nesse dia. Estava tão embriagado que já não consegui dirigir para casa.
Paulo? Vamos para casa! Amanhã é outro dia.
Para casa? rsrs, o que é que estas para ai a dizer? A noite ainda é uma criança.
Vamos para o caldo. Disse o Paulo, que se encontrava bem agarradinho com duas moças que ele tinha acabado de conhecer.

 ........... a escrever

Parte I

Maldita hora que parei o carro, foi o maior erro da minha vida.
Depressa abri a porta do carro e corri atrás daquela mulher que por um olhar me conquistou.
Aí começou a estoria do fim da minha vida.
Eu chamei por ela.
Moça!.. Moça... Ela Parou e girou e disse-me:
Sim moço?
Ela era uma negra linda com postiços longos, eu acredito que são os tais ditos: cabelos brasileiros ou humanos. Ela devia ter por ai um metro e setenta. Lábios carnudos e olhos bem acastanhados,"esbelta".
Eu perguntei se poderia saber o nome dela? Com um olhar bem fixo prós meu olhos ela disse-me: Aríete. Aríete é mesmo o nome que eu esperava ser teu. Disse eu para ela.
Nos sentamos num banco ao pé da igreja da sagrada família e ficamos por muito tempo a conversar. Tivemos uma conversa muito agradável. Foi o dia mais feliz da minha vida.
- Aponta o meu número, 09436759! Telefona-me ta querido.
- Sim, sim te vou telefonar. Aríete!
- Sim?
- Para onde vais agora? Será que eu poderia deixar-te no teu destino?
- Não vai ser necessário, na verdade eu gosto mesmo de caminhar E já estou bem pertinho. Mas com tudo obrigado e não deixe de me telefonar.
Despediu-me com dois beijos da bochecha. E meteu-se a caminhar.
Eu meti-me a rir!... Que mulher meu deus, não acredito que acabei de conhecer essa mulheraça!
Minutos depois ela manda-me uma mensagem a dizer que gostou de me ter conhecido, e que gostaria muito de conhecer-me melhor!... "Eu devia ter desconfiado algo". Quando tudo anda como agente pretende até os anjos desconfiam.

De volta para o meu carro.
Depois de alguns quilómetros parei no engarrafamento infernal na praza da independência. Estava um calor infernal, graças a deus eu tinha ar condicionado no meu carro. Fiquei nesse engarrafamento por mais de 30 minutos, o mais engraçado é o comportamento dos automobilistas e principalmente dos candongueiros. Bum bum. Era buzina daqui buzina dali. Passa por cima meu cabrão eu também tenho presa.
Os candongueiros por sua vez tentavam pegar outras filas para dar continuidade no seu percurso com medo de perder os seus clientes. A fila é provocada pela quantidade de automóveis que circulam pela cidade de Luanda. Pois claro não poderia ser mesmo diferente pois Luanda é uma cidade com capacidade de 2.776.125 de habitantes e de momento vivem aproximadamente 5 milhões de habitantes.
Ser solidário com o próximo, é uma palavra que já não consta no dicionário dos angolanos. "Disse eu em voz alta". Sexta-feira a noite. Como se diz-se aqui em Angola: dia do homem. É mesmo muito engraçado! Em todas as discotecas em que eu frequento na sexta-feira, estão todas lotadas com homens e mulheres, na verdade ainda não vi nenhuma discoteca somente com homens. A não ser que seja uma disco de homofilo. Mas mesmo assim, sexta-feira contínua a ser o dia deles e não deles e delas.
Depois de ter marcado um encontro com o meu amigo Alberto lá no ginásio para irmos para discoteca, fui logo para casa para tomar um belo banho e me preparar para noite.
Infelizmente era mais um daqueles dias sem eletricidade. Não tinha como engomar a roupa. Tsssss
Ringo, Ringo......"o telefone chama"
Ta sim, com que falo?
Só eu, Paulo! .... Oh Alberto!esta tudo bem?
Sim esta tudo bem, estou aqui com um pequeno problema!
Sim? Diga-me! Disse o Alberto.
Estou sem eletricidade em casa, e não tenho como engomar a roupa para noite.
Passa cá em casa, aqui temos eletricidade. Olha só, e não te esqueças de vir já contudo preparado, depois de engomares vamos direito para discoteca W.
Combinado estarei aí dentro de alguns minutos.
Minutos depois...
Alberto! A fila esta muito comprida, vamos assumir barulho ou vamos para a discoteca palopes?
Fica calmo, ficamos mesmo por aqui. Disse o Paulo com um ar de convencido. Eu conheço uma dama que vai nos facilitar a entrada e talvez ficaremos na zona V.I.P.
Quem é a dama? Eu conheço ela?  Não sei, pode ser! Você como é muito mulherengo é possível! Disse o Paulo. Depois do Paulo ter ligado para ela, não demorou muito tempo ela veio ter connosco.
Olha Alberto! Essa é dama... Aonde? Pergunto eu.
Aquela mulatinha perto da porta, penso que esta o nos procurar.
Faz um jogos de luzes, talvez ela deã por conta que nos estamos aqui. Disse eu.
Talvez tenhas razão, vou fazer os jogos de luzes...
Penso que ela deu por conta. Disse eu! Vem cá ter rapariga, disse o Paulo em voz baixo dentro do carrro. Ela aproximou-se para carro, entao o Paulo abriu os vidros e disse para ela:
Oi Ana bela! Estas bem contigo querida?
Estou bem, obrigado Paulo! Não vais descer do carro?
Claro né querida. Disse o Paulo para Ana bela... Já agora esse é o meu amigo Alberto! Alberto ela é a Ana Bela, minha colega da faculdade.

A Ana bela era uma branca portuguesa a fugir para mulata, penso que devia ser o sol de Angola que lhe meteu assim escura. Devia ter por aí 25 anos de idade. O Paulo me tinha dito que ela veio cá viver em Angola com os pais dela, porque a situação financeira deles em Portugal, não estava muito boa. O Pai dele recebeu um contrato de trabalho para 10 anos, mas penso que eles já não voltaram mas para Portugal. Uma vez que as condições que o governo propôs ao pai dela são muito melhor que as condições que eles lá tinham e muito melhor que as condições que muitos Angolanos da classe media têm. Eles vivem já a 5 anos em Angola. O pai dela recebeu uma casa num desses condomínios novos, só não sei qual é o tipo de trabalho que ela faz.

Tudo bem Ana? É um prazer conhecê-la!
O prazer é todo meu. Disse ela para mim... A propósito eu tenho aqui os vossos bilhetes, só são vocês dois, pois não? Perguntou a Ana!
Sim... Disse o Paulo...
Esta bem, então venham comigo, assim já não vai ser preciso vocês ficarem na fila. Este bilhete vos dará aceso a área dos V.I.P. e vocês terão direito a consumir uma bebida gratuita cada. Olha fofos o dever me chama, beijos depois nos vemos, esta bem? Agora tenho que ir trabalhar.

A Ana olhou para mim com um olhar bem simpático, caminhando fez um tchau zinho bem delicado.
Talvez seja mais umas das minhas fantasias Paulo! Mas eu penso que a Ana bela gostou de mim! Rsrs
Não te confundas porque estamos no ambiente. Nunca ouviste a música daquele kudurista dj sótão? Eu mesmo sou simpática! O Paulo meteu-se a rir.

O Paulo é um mulherengo que nem eu, nos somos muito amigos. Já desde criança que nos conhecemos. A única diferença é que o Paulo já nasceu no berço de ouro. O pai do dele é general e tem muito dinheiro. O Paulo só tem vinte anos de idade e já conduz um Ranger Rover sport branco. Os irmãos dele estudam todos em Londres, ele é o único que estuda na universidade Piaget de Angola.
Quando eu lhe pergunto o porquê que ele não foi estudar fora do país tal qual os irmãos! Ele diz-me que ama Angola e que poderia desfrutar de perto a riqueza do pai dele. Os carros, o barco, a casa na Ilha do Mussulo, etc. Mas essa não é a verdade.

Na verdade é que o Paulo para além de ser o Cassule da mãe dele, é um rapaz de cabeça dura. Ele não gosta de estudar. Então os pais dele preferiram que ele ficasse em Angola, para com que eles pudessem observar e acompanhar a transitória escolar dele.

Continuara...